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MBOCHY, Revolta (Brasil)

Por motivos de força maior que impossibilitaram a gravação do espetáculo, as sessões estão canceladas por tempo indeterminado
BRASIL SP | 30 min | Classificação indicativa: 16 anos

De Maria Mommensohn

Mbochy – solo realizado a partir do estudo da obra Ayvu Rapyta (as belas palavras), conforme os registros, de Leon Cadogan e Pierre Clastres, das palavras que os Guarani reconhecem como aquelas que preservam a origem da vida, como palavras-alma, foi apresentado como dissertação de mestrado no Instituto de Artes (UNICAMP), em 2004. Por se tratar de um tema complexo, a relação do homem com seu criador, ou melhor, o homem como manifestação da divindade, optou-se por uma linguagem transversal, metafórica através de imagens da natureza e do corpo metamorfoseado, usando elementos plásticos para abordar o momento entre a vida e a morte. A apresentação tem início com a abertura da ópera “O Guarani” de Carlos Gomes, num clima onírico, fazendo uma referência à destruição da primeira terra, relatada no mito guarani “Yvy Tenonde”. A poesia é a linguagem da “casa de reza” dos guarani, como uma segunda língua capaz de descrever o sentimento da criação, as belas-palavras. O diálogo se dá através de imagens registradas das águas poluídas dos córregos de São Paulo coladas à abertura grandiosa e romântica da ópera O Guarani de Carlos Gomes. Na segunda parte, a cenografia e a trilha sonora revelam o tempo da transformação do corpo vivo para o corpo morto e vice-versa e a relação do ser humano e o potencial de alegria e felicidade dentro da comunidade e se dá através da projeção de imagens da Mata Atlântica ao redor de algumas aldeias guarani. Em Mbochy o diálogo da dança se dá com as imagens captadas da própria realidade, como o fundo e a forma.

Concepção e direção: Maria Mommensohn / Intérpretes criadores: Maria Mommensohn e Pat Pina / Sonorização: Maria Mommensohn e Caco Faria / Imagens em vídeo: Maria Mommensohn e Andrès Perez Barrera

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